domingo, 23 de outubro de 2011

Dramas Fantásticos do A/Efetivo Real

Estava a ler alguns textos de L. Veríssimo e, apesar de me deparar com muito do que sinto, pensei em não deixar de ter, tão prontamente, o hábito de rabiscar o que se passa. Ainda que me encontre, não sou eu quem está em nenhum texto que me encanta.

Ainda aí, pensei: por que prefiro ler à me arriscar num rascunho? Por que não ser um rascunho? Um rabisco? Quem sou eu além de alguém que anda sem saber o que é errado e que sente se apaixona ávidamente por qualquer detalhe?  Por que?

Vamos desenhar num traço só.

Premissa única: a vida é simples.

O problema é os dramas. Ah, malditos dramas.

Que mulher não arranja um pra se doer, remoer, preocupar e ficar 'vazando' pelos cantos?

Teimam até em nomeá-los: quase sempre chamam de 'homem'.

Não que eu não concorde que há uma parte de culpa. Mas, olha, quem tá sofrendo somos nós. Logo, sempre buscaremos uma 'causa' à parte. - Como se houvesse uma culpa ou um alguém culpado além do emaranhado de sensações desenfreadas que estão em nós.

E quando digo que mulher só procura drama estou falando daquele sofrimento de esperar sempre pelo inesperado, a surpresa, a 'coisa do outro mundo'; daquele dia em que você dispensou o cara que sempre quis estar ao seu lado e depois chorou porquê se sentiu sozinha. - Claro, não chora porque está sem ele, mas por carência, por falta de atenção da parte de quem você queria; a dele você já tinha.

Sim, porque, na verdade, você não queria ninguém além daquele cara que não fala com você. Daquele cara que consegue passar a semana numa boa sem te responder uma mensagem. Daquele que não sabe o valor de um 'bom dia' ou de um 'Por que não escolhe um filme? Vamos sair?'. Daquele que não repara e ainda vive a vida dele. Oh, como pode ele viver e ser feliz? Sim, é uma angústia ver que, além de tudo - do seu tudo -, ele está bem.

Agora, veja só: é um drama ou um homem?

Sejamos sinceras: quem não sofre por essas coisas? E quem não tem ciência disso? E quem, apanhando o quanto for, para de sonhar com o menos provável, de se importar com o mais inútil e... e... Quem não chora?


Bom, sendo sincera, não sei como terminar nem muito menos concluir o que disse.

És pra mim também um dilema, Vida.

Só quis escrever para não perder o momento e para, talvez, dividir algo que depois eu possa ler e pensar: como as coisas mudam...

No mais, a todos, um inacabado 'Sorte na Vida'.

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