quinta-feira, 12 de maio de 2011

Não Tudo. Só Isso. Nada. Ou Quase.

'E se eu passei tantos dias sofrendo por saber: Napoleão o faria ou não? – então eu já percebia claramente que não sou Napoleão... Eu suportei todo, todo o tormento dessa conversa fiada, Sônia, e desejei arremessá-la toda de cima dos meus ombros: Sônia, eu quis matar sem casuística, matar para mim, só para mim! A esse respeito eu não queria mentir nem a mim mesmo! Não foi para ajudar minha mãe que eu matei – isso é um absurdo! Eu não matei para obter recursos e poder, para me tornar um benfeitor da humanidade. (...) Eu precisava saber de outra coisa, outra coisa me impelia: naquela ocasião eu precisava saber, e saber o quanto antes: eu sou um piolho, como todos, ou um homem? Eu posso ultrapassar ou não!'

DOSTOIÉVSKI. Crime e castigo, p. 427-428.



'Then you notice little carpet burn
My stomach drop yeah and my guts churn
You shrug and it's the worst
To truly stuck the knife in first

I cheated myself like I knew I would
I told ya I was trouble,
You Know I'm No Good'
 (Amy Winehouse)

-


E eu sou tão pequena e insignificante.
E eu sou tão grande no infinito que sou que mal posso aceitar que sofram por mim.
E eu sou só eu.
E nada mais.

Na ignorância do saber e no poder de escrever, desejo-lhes Sorte na Vida.


.

sábado, 7 de maio de 2011

EU NÃO GOSTO DE SONHO DE VALSA!

Olá, Teilores!

Hoje vim aqui para agradecer e, como de praxe, reclamar. O que acontece é que nunca me dão chocolate e isso é muito triste, mas, sem perder o foco, quero encarecidamente dizer a todos vocês, sim, inclusive VOCÊ que pretende me trazer um bombom (porque eu sinto que vc está morrendo de vontade me entregar um) por favor, lembre-se: EU NÃO GOSTO DE SONHO DE VALSA!

É, eu não gosto mesmo! E sempre que recebi um 'agrado', que não foram muitos, foram Sonhos de Valsa! Olha, eu agradeço de coração toda sua atenção e consideração ao trazer-me um mas, infelizmente, tudo que eu tenho recebido são Sonhos de Valsa! E EU NÃO GOSTO DE SONHO DE VALSA!

Conto e re-conto quantas vezes forem necessárias: duas ou três Páscoas passadas, mesmo eu ja avisando sempre que não sou 'muito fã' do bombom, recebi um OVO Sonho de Valsa, um CORAÇÃO de Sonho de Valsa e, como se não bastasse, uma LATA com mais bombons Sonho de Valsa!

Pode ser que tenham me entendido mal mas o que eu disse era que EU NÃO GOSTO DE SONHO DE VALSA!

Poxa, eu gosto de todos os chocolates da Kinder (menos Ferreiro Rocher - até como mas não gosto muito), adoro chocolates branco, aqueles Duos que tem da Nestle, tem até em forma de Suflair... Gosto de barras também, de twix... Até de Tortuguita! Sim, até Tortuguita! Mas EU NÃO GOSTO DE SONHO DE VALSA!





Mas, gente, eu AMO chocolate! *.* 
















Até por que, vejam só:

13 vantagens do chocolate em relação aos homens:

1. O chocolate satisfaz mesmo quando amolece.
2. Você pode comer chocolate no carro sem ser interrompido pelo guarda.
3. Você pode comer chocolate na frente da sua mãe.
4. Duas pessoas do mesmo sexo podem comer chocolate sem serem recriminadas.
5. Você não precisa mentir para o chocolate.
6. Você não precisa esperar quase uma hora para comer outro chocolate. (essa é triste)
7. Um bom chocolate é fácil de se encontrar. (o_O)
8. Você nunca é muito jovem ou muito velha para comer chocolate.
9. Quando você come chocolate os vizinhos não ouvem.
10. Ninguém termina um casamento por falta de chocolate.
11. O chocolate não sente ciúmes.
12. O chocolate não te troca por mais 21 chocolates e uma bola.
13. O chocolate não reclama se você sair com as amigas…






Bom, no mais: é só. :)

Agora me apareça com um Sonho de Valsa que aí vai ter que pedir muito por um... SORTE NA VIDA! :@   

Obs.: Leu bem, Bexiga? HAGHAGHAGHAGHA

-

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sentidos de Diversos Sentidos

     Meia noite. Silêncio. Frio. Escuro. Vazio.

     Enquanto o mundo dormia, ou ao menos dela se escondia, ela estava acordada. Silêncio era só o que não se encontraria se nela dentro alguém pudesse ouvir. Se alguém quisesse ouvir. 

     Era fácil, ela fingia ser fácil. Empurrava o que não podia resolver, desacreditava por medo de sentir, andava por medo de ali ficar. Fazia da falta de força, a fortaleza. Ria porque seus olhos não podiam mais chorar. Ajudava pois a si não podia ajudar. Amava como nunca a pudessem amar. Dava o que nunca iria receber. Era feliz vendo o outro ser. Carregava a farda com bravura mas não escondia: era um desabrochar de ternura, de graça. De formosura, de ameaça. De constancia, de impaciencia. De dor, de amor. Ou de dor de amor.

     Não tinha mais como esconder mas ela evitava se questionar; tinha medo de não suportar. Medo do que foi sofrer onde só um amou, de se entregar e se quebrar, de se envolver e padecer. De amar e se negar. De querer e não poder.

     Jurasse ela não querer, não sentir, a ela não significar, omitir, não deixar que dela saísse o mais profundo afeto em forma de carinho e ainda assim podia-se ver tudo de uma essência sincera e transparente, aberta ao mundo sem medo de julgo, sem frescura, sem moldura, sem graça e sem postura à face exposta de tamanha contradição contida num único ser. Era feita de amor banhada à frieza. Era bela como flor banhada à pobreza. Era a dança banhada à tristeza. Era graça banhada à aspereza.

     O dificil era ela esconder toda doçura, toda beleza da alma, todo contágio do sorisso, toda infinidade de um olhar. Isso ela não fazia. Isso nem ela mesma conseguia. Isso era o que não podia sua forma feminina negar.

     Escreveu e afogou. Era tudo mas nem metade. Terminou sem acabar. Começou por querer. Deixou e não soube nem porque.
     Uma hora. Inquieta. Abafado. Abajur. À companhia de si.

-